[Aelle] - A Caravana

Aelle meio que começava a pegar jeito nos movimentos da onça. Ele veio novamente com a picareta e tentou acertá-la, mas o animal escapuliu para o lado novamente. Assim que tentou pular pra cima do guerreiro, ele rebateu o ataque com um golpe de escudo que, desta vez, foi eficiente. A onça rugiu e caiu para trás, se sacudindo um pouco e avaliando o seu inimigo direito. Aquela luta estava tensa!

Onça: 15 de dano.

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

O membro 'Coruja' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

#1 'd6' :

#1 Resultado : 2, 1

--------------------------------

#2 'd6' :

#2 Resultado : 6, 3

--------------------------------

#3 'd6' :

#3 Resultado : 1, 3

A adrenalina tomava conta do corpo de Aelle, tomava tanto que não tinha noção do perigo em que corria, poderia ter alguma parte do corpo rasgada pela onça, poderia ficar aleijado para toda vida, mas ele queria a glória. A glória que seria sua irmã Lara a exímia caçadora contando para as amigas que seu irmão salvador Aelle derrotou uma onça um a um salvando sua vida.

Aelle lutou algumas batalhas mas jamais se destacou, jamais derrotou um chefe inimigo e queria que os músicos de sua caravana cantassem seu nome. Então, já imaginando as meninas vindo até ele para saber da história ele bradou a picareta em direção a cabeça da onça para finalizar a batalha.

Aelle bradou a sua picareta novamente. Ele sonhava já com a vitória, e ela não estava longe. Desta vez o animal não conseguiu ser rápido o suficiente para escapar completamente. A picareta acertou sua cabeça na lateral, fazendo um rasgo grande. A onça rugiu de dor e estava se preparando para o ataque quando uma lança cravou em seu pescoço, arrancando um último rugido feroz do animal que deitou a cabeça e ficou imóvel. - Leslie! - Gritou Lara em agradecimento ao bravo ajudante que acabou por dar o golpe final na onça. Aquilo parecia piada. Só podia ser piada! Aquele maldito roubou a glória de Aelle!!!

Vídeo

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

O membro 'Coruja' realizou a seguinte ação: Lançar os dados

'd6' :

Resultado : 6, 1, 2, 2, 6, 3, 5, 2

Aelle por um momento estava aliviado, mas em outro estava com uma raiva súbita, mas tinha autocontrole demais para atacar Leslie, sabia que a pena para briga interna era alta e não queria sofre-la, mas sabia que sua glória estava em jogo, não sabia como sua irmã reagiria ao contar a batalha com a onça.
Ele rolou no chão com a onça, golpeou a como pode, enfrentou vários ataques e um maldito terminou com a luta com um golpe de lança.

- Era minha luta. - resmungou Aelle, e era mesmo, porque Lara destemida arqueira poderia ter intervindo a qualquer momento e pareceu não querer ou porque estava assustada demais, o que era impossível ou porque queria testar seu irmão.

Mas Aelle foi sábio, sacou a faca que estava em uma das coxas da sua irmã e foi andando em direção a onça se ajoelhou perto da cabeça morta e disse tentando parecer calmo:

- Quando Leslie atacou ela já estava morta.

Com a faca colocou em cima da mandíbula do canino superior da onça, na posição em que o pedreiro bate com a marreta para pendurar algo em uma parede, e com uma das mãos fez uma força súbita para baixo, arrancando o canino direito da onça e fez o mesmo no canino esquerdo. Faria um colar aqueles caninos e obviamente se Leslie achasse que a glória era de sua posse ele interviria e era aí que Aelle atacaria com razão.

Aelle não gostou de Leslie ter "roubado" sua cena. Ele estava furioso sim, mas não era nenhum bárbaro. Ele era um guerreiro treinado, e guerreiros treinados mantinham a calma e o controle de suas ações. Aelle sabia que Leslie não era um guerreiro treinado, que provavelmente estava morrendo de medo para ter agido antes, e que jamais teria como saber que a onça estava prestes a morrer. Se ele agiu, é porque temeu pela vida de Aelle, que estava levando um bocado de tempo para matar a onça. Parando para pensar, a luta foi mesmo tensa e perigosa. Qualquer errinho e Aelle poderia virar comida de onça. Então Leslie só quis ajudar mesmo, enfrentando o seu medo.

O segundo detalhe Aelle notou quando foi pegar a faca de sua irmã. Ela estava ferida. A onça a atacou no braço, e ela segurava esse membro junto ao corpo, que ainda sangrava. Ela precisava de cuidados, ou aquele braço poderia ficar permanentemente danificado, e então Lara não poderia mais caçar e nem tocar seu violino. O que Aelle faria dali pra frente?

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

[center]((Chegou a pegar os caninos ?))
Apesar de Aelle saber de todas aqueles fatos sobre Leslie não passou em sua cabeça no momento da adrenalina que ele queria somente ajudar, agiu como idiota, não notou isso agora mas depois notaria relembrando os fatos.

Aelle pensou em muitas coisas quando viu o ferimento da irmã, primeiro pensou em manda-la com Leslie na frente enquanto carregaria a caça com o outro homem até a carava como uma forma de castigar o medroso Leslie. Percebeu que era idiotice, caso outra onça atacasse sua irmã Leslie nada poderia fazer além de morrer junto.

Pensou em ir devagar com a irmã enquanto levavam a caça, mas ela iria perder muito sangue e ele zelava por ela e por toda sua família. Esses pensamentos eram breves o suficientemente para Lara não perder muito sangue, e a decisão foi breve.

Deveriam ter que deixar a caça, sua irmã não iria aceitar, mas insitiria ou era isso ou teria que acompanhar um ritmo muito lento.

- Nos vamos embora, e sem o cervo, ou é isso ou você vai morrer. - Aelle se deu conta que sua irmã não ajudou pois estava ferida, estava ocupado demais para perceber.

Aelle ia embora pensando o quanto aquela caça daria uma festa legal para a caravana, um bom descanso perto de uma fogueira e carne fresca e gostosa.

(( Antes de pegar. Foi quando Aelle foi pegar a faca, que nem chegou a completar, inclusive, que notou o ferimento no braço da irmã. Ah, os pensamentos que eu botei pra você, bem como as noções de campo, não são críticas. São auxílio do mestre para um personagem treinado.))

- Deixar a caça? Mas de jeito nenhum! Não vou ter sofrido em vão! Você vai comigo e deixa que os dois se viram para levar a caça. - Pediu ela, ao que Leslie foi o primeiro a arregalar os olhos na expectativa de ter que ficar sozinho com o outro cara inútil levando uma caça e sendo possível alvo de novas onças.

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

Aelle já esperava aquilo de sua irmã, poderia gritar e obrigar mas não queria chatear a irmã, como também não queria deixar de comer o cervo.

- Vão fazer o seguinte, Leslie e você levem minha irmã em segurança até a caravana, quero que corram ao lado dela o máximo que puder e se algum perigo aparecer enfrentem e deixem que ela fuja. - Aele sabia que os meninos iriam fugir também, aquilo era apenas palavras encorajadoras. - - E Lara, quando chegar a caravana dê minha posição aos outros homens para vir aqui e me ajudarem a levar a caça, se eu virar picadinho de onça ou de lobos a culpa será sua.

Aelle não poderia levar a caça sozinho, não armado, por isso simplesmente sentou e esperou orando para Valkiria e tocando seu orb para afastar o mal, orava mais que a volta da sua irmã seja tranquila do que por sua vida em si.

Aelle deu suas ordens, mas ele esquecia que sua irmã era mais velha, e um pouco mais conhecedora da floresta do que ele. - Aelle, era uma onça. Elas caçam sozinhas. São territorialistas e solitárias. Duvido que tenha outro carnívoro em cem metros daqui. - Bem, se fosse assim mesmo, então eles estavam seguros agora. Mesmo assim ela foi levantando e seguindo junto com os outros. Será que ele precisava esperar? Bem que ele conseguia, sozinho, levar a caça. Mas teria que deixar a onça. Talvez os garotos pudessem levar a onça enquanto ele levava a caça. Lara estava com o braço ferido, e não as pernas. Podia caminhar sozinha.

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

Aelle assentiu, sempre foi de obedecer sua irmã, até de sangue quente.

A onça não era de necessidade de ser levada, por isso pegou as caça e foi caminhando em ritmo lento até a caravana.

Aelle então concordou com sua irmã. Ela seguiu na frente junto com Leslie, e Aelle ficou com o outro ajudante para carregar a caça. Os dois sozinhos conseguiriam carregar a caça numa boa. Na verdade, estava até mais fácil do que com o Leslie atrapalhando.

Fizeram o caminho todo até a caravana, apenas para encontrar já um grupo de pessoas ao redor de Leslie, ouvindo provavelmente o que tinha acontecido da boca do garoto. Aelle não via sua irmã.

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

Aelle já pouco se importava, já estava se acostumado a não obter glória, só ia continuar com sua vida.

Deu de ombros para sua irmã, provavelmente arrumaria alguém para cura-la, apenas tentou se manter ocupado até a noite quando assariam o cervo e provavelmente teria festa.

Aelle ficou por ali mesmo, enquanto pessoas responsáveis por tratar a carne vieram cuidar da caça. Uma pena que a onça ficou para trás. Ela renderia uma boa história.

Estava meio desanimado por não receber a glória que esperava, então apenas seguiu com a caravana, descansando um pouco ali sentado num dos carros.

Anoitecia já, e estava bem frio. Seguir a viagem de noite era meio impossível, então toda a caravana começava a parar, desde a cabeça, que estava a muitos metros de distância e que não se via e nem se tinha notícias, até o último membro no rabo, onde seus pais agora guardavam.

Os acampamentos eram levantados por setores, e ao redor de fogueiras. Estava tudo em ordem quando Lara apareceu novamente. Ela tinha bandagens no braço todo, mas parecia movê-lo livremente, sem problemas. Todos daquele setor a aguardavam, pois era o momento de distração, o momento onde poderiam ouvir uma música que contava a lenda de alguém do passado, do reino antigo.

Lara colocou seu violino ao lado do pescoço e começou a tocar a música. E nos intervalos ela ia cantando em tom de oratória, enquanto marcava o passo da música com o pé em cima de uma lata.


E a música seguia, enquanto ela cantava sobre aqueles que viviam tranquilamente na caravana, enquanto outros arriscavam suas vidas explorando além da trilha. No fim, quando acabou, a maioria das pessoas tinham um gostinho amargo na boca, pois eram os que viviam acomodadamente na tranquila vida da caravana. - Essa música eu dedico ao meu irmão, que me salvou do ataque feroz de uma onça. - Ela acrescentou no fim, depois da música encerrada, já se retirando para sentar-se num canto e comer e beber alguma coisa, e possivelmente descansar o braço que deveria lhe doer.

---

Lara Woodcutter, Humana Ranger, PV:

Aelle se sentiu feliz que sua irmã o reconheceu e era pra ter acontecido, seu nome foi dito em meia multidão e esperava que as pessoas viessem saber da história, se alegrou por um instante, poderia socializar.

Esperava sentado no seu lugar em pose de galã, o senhor abismo de onça, mas os segundos foram passando e nenhuma menina veio saber da história, nem mesmo um soldado ou amigo curioso. O desanimo tomou conta de si mesmo, agora começara a comer e beber e quando acabasse iria procurar seu pai e sua mãe não via a algum tempo.